Depois de 20 anos e mais de 130 milhões de álbuns vendidos, os Backstreet Boys estão de volta!
O nono álbum da icônica boyband, “In A World Like This”, será lançado no dia 30 de julho, e é o primeiro em 6 anos com a formação original, incluindo Kevin Richardson. A faixa título já recebeu boas críticas, como a de Jody Rosen da revista New York, que descreveu como “terrivelmente boa” e “uma prima espiritual” do clássico do grupo “I Want It That Way”.
AJ McLean (35), Brian Littrell (38) e Kevin Richardson (41) compareceram até o escritório da Newsweek Daily Beast em Nova York para falar sobre o novo álbum, os 20 anos do grupo, a rivalidade com o NSYNC, a atual safra de boybands como One Direction e The Wanted, e a participação em um blockbuster de comédia (pode conter spoilers).
20 anos de Backstreet Boys. Vocês estão surpresos por ainda estarem juntos depois de tanto tempo?
Brian: acho que esperávamos estar. A indústria musical é feita de carreira e longevidade, não de momentos. Para nós, tem sido uma jornada longa. Tivemos muitos altos e baixos, mas passamos por eles juntos. Atribuímos isso aos nosso maravilhosos fãs ao redor do mundo e à música boa de qualidade. É por isso que chegamos aos 20 anos!
Muitas coisas boas aconteceram, como cantar o hino nacional no Super Bowl e receber uma estrela na Calçada da Fama. O que realmente teve destaque para vocês?
AJ: Muitas coisas. Recentemente, iniciamos nossa turnê In A World Like This na China, e fomos até o Instituto de Pesquisa de Pandas, e cada um pôde segurar e alimentar um bebê panda. Foi a experiência mais incrível.
Kevin: Eles pesavam uns 25 quilos. E cantar com Sting, Elton John, Aretha Franklin…fizemos ótimas coisas. Não é ruim.
Agora, muitas pessoas estão falando sobre a participação de vocês na comédia This Is The End. Como foi isso?
AJ: Foi mais idéia da esposa do Seth Rogen. Eles já estavam com o filme pronto, mas não gostaram do final. Acabava com eles no céu e foi tipo: “Ehh..ok”. Nos 10 primeiros minutos do filme já havia uma referência a “Backstreet Back”, e eles pensaram em fazer mais. Seth perguntou se estaríamos interessados, e eu já tinha mostrado o trailer pra eles e dito: “Esse vai ser o filme mais engraçado do ano”. E quando recebemos o email dele, dissemos: “Hell Yeah! Isso vai ser ótimo”. E depois descobrimos que Seth e Jay (Baruchel) são grandes fãs, desde a época do Canadá.
Kevin: Um dos primeiros lugares que estouramos na América do Norte.
AJ: Foi ótimo, cara. Eles tiveram que aprender a coreografia atual do refrão.
Quem é o melhor dançarino entre os atores de This Is The End? Rogen? Franco?
AJ: Eles filmaram bastante o Jay, que realmente entrou no clima.
Para vocês, como seria o céu? E com quem vocês gostariam de cantar lá?
AJ: Provavelmente The Doors ou Elvis.
Brian: Elvis também, e seria que nem no filme. Estaríamos de branco, ao som de R&B/hip-hop, e aí o Elvis apareceria.
Kevin: Dean Martin.
Existia realmente uma rivalidade entre os Backstreet Boys e o NSYNC?
AJ: Era tudo coisa da mídia. Existia uma competição saudável, porque estávamos ali ao mesmo tempo, mesma gravadora, mesmo empresário, mas nunca houve nenhuma rixa. Acho que a mídia queria tentar e instigar isso.
Esse ano também é aniversário de 15 anos do MTV Total Request Live (TRL), que ajudou os Backstreet Boys a chegarem ao estrelato.
Brian: Acho que o TRL foi realmente criado pelos fãs dos Backstreet Boys de tanto que eles pediam. Viacom chegou e disse: ‘vamos criar um programa onde tocamos o que todo mundo quer ouvir’, o qual alavancou os Backstreet Boys com “Quit Playing Games”, as Spice Girls e Hanson. Era um movimento de cultura pop, e eu não acredito que sobrevivemos ao TRL.
As fãs malucas e groupies dos Backstreet Boys passaram de adolescentes para adultas. Quais as coisas mais loucas que elas já fizeram?
AJ: Ultimamente, muitas garotas apareceram na minha casa. Recentemente, eu não estava em casa, estava fazendo divulgação e a campainha tocou. Minha esposa atendeu e era uma mãe da Bélgica, com sua filha, procurando por mim e pedindo uma foto. Foi estranho.
Kevin: Tivemos isso no nosso ônibus de turnê também. De algum jeito, uma menina na Alemanha entrou pela porta dos fundos do ônibus, e se escondeu em um dos dormitórios, atrás da cortina. Uma hora antes de partirmos, nosso empresário foi até o ônibus para tirar uma soneca e lá estava a garota.
Kevin, esse é o primeiro álbum em 6 anos com você no grupo desde o Never Gone de 2005. Por que você decidiou voltar?
Kevin: Estar em um grupo e gravar álbuns, se você entrar em um processo de álbum, são 1 ou 2 anos, e se o álbum for bem sucedido, felizmente você pode fazer uma turnê pelo mundo. Isso é um compromisso longo, e estamos fazendo isso por muito tempo. Depois da nossa turnê do Never Gone em 2005, eu decidi que queria parar e focar em alguns desejos e interesses que tinha além da música, e também queria começar uma família. Eu não estava animado e inspirado como deveria estar, e achei que não seria certo fazer isso com eles. E eu voltei porque eu consegui esse desejo novamente, me senti inspirado para criar, senti que eu tinha algo para dar e dizer como escritor e artista com esses 20 anos chegando.
Falando em paternidade, o novo álbum “In A World Like This” foca no momento que vocês estão agora, homens de família.
AJ: No processo de criação do álbum, nos sentamos na casa do Kevin e discutimos sobre a vibe e qual o tom que teria. Todos dissemos desde o primeiro dia que queríamos fazer um álbum pessoal e inspirador para nós, para nosso velhos fãs, e talvez novos fãs que não conhecem os Backstreet Boys e podem ficar céticos. Então fomos para Londres por 3 semanas, junto com o incrível produtor e compositor Martin Terefe, e mês que vem completa 1 ano desde o começo desse álbum. Tem músicas que são pop, músicas com bastante profundidade, um pouco de dança, um pouco acústico. Tem uma música escrita por mim e Kevin que foi completamente inspirada em nossos filhos, chamada “Show ‘Em What You’re Made Of”, e estamos muito orgulhosos desse álbum. Na minha opinião, acho que é o nosso melhor trabalho desde Millennium.
Brian: Essa é uma grande declaração, AJ.
Nos últimos 20 anos, vocês tiveram estilos de roupas épicos. Qual deles vocês se arrependem mais?
AJ: Eu costumava usar roupas muito coloridas. Eu não sei quem eu pensava que era, ou o que eu era. E bandanas. Não era Tommy Hilfiger, mas uma cópia barata daqueles macacões azul e vermelho. Era grotesco.
Brian: E tudo era muito grande, muito “baggy”. Não éramos um grupo de hip hop. Achávamos que éramos por causa das roupas que usávamos. Mas agora tudo é mais moderno, mais europeu, alfaiataria. Legal.
E sobre o cruzeiro dos Backstreet Boys? Como é?
Brian: Tragam suas bóias (risos).
AJ: É divertido, cara. Fazemos jogos com os fãs, e cantamos. Todas as noites tem uma festa com um tema diferente. No ano passado, fizemos uma noite de baile de formatura, uma festa dos anos 80, e uma festa com tema de países.
Quando será o próximo, e que tipo de coisas acontecem em um cruzeiro dos BSB?
AJ: É em outubro. Fizemos uma festa a fantasia no último, onde todo mundo estava com fantasias de Halloween, fizemos um jogo de verdade e desafio, e ficou um pouco louco com danças no balcão do bar, cantoria e coisas loucas. Para os caras é geralmente bebida, tomar doses e coisas assim.
Boybands estão de volta com One Direction e The Wanted. Vocês são fãs deles?
Todos: Sim!
Kevin: Nos vemos neles. Estivemos lá. Tipo: ‘oww’. Ver tudo isso acontecendo, ver o que eles estão passando, e ver a resposta da mídia. É bem familiar.
AJ: A música, produção e melodias é uma reminiscência de nós.
Brian: Moda, música, tudo é um ciclo. Dê 10, 12 anos e tudo vai voltar. Mas é música boa, e você não pode negar boa música.
One Direction ou The Wanted?
Kevin: (risos) Somos amigos dos dois grupos, então somos neutros.
Além do novo álbum, da turnê e o cruzeiro, tem mais alguma coisa a caminho?
AJ: Temos um documentário que estamos filmando há 1 ano. Originalmente seria um making of do álbum, mas agora será muito mais profundo. Fizemos viagens a nossas cidades natais, onde nós crescemos. Além de Kevin e Brian, que são primos, não tínhamos visto de onde cada um veio. Foi humilde e teve algumas lágrimas.
Kevin: Vai ser lançado no ano que vem, no circuito de festival de filmes.
Brian: Esperamos um lançamento grande e teatral.
Vídeos
Créditos: The Daily Best / Bsb Brasil / Bsb Jornalismo
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